A Crise não é culpa dos municípios do RN, diz o prefeito Ivan Junior

 
O presidente da Femurn, Ivan Júnior, considera que as dificuldades que os municípios enfrentam não surgiram a partir de um gasto demasiado, promovido pelos prefeitos. “Nós mantivemos as obrigações da forma que o Congresso aprovou. Piso do magistério, agentes de saúde, obrigações que foram colocadas de cima para baixo. E isso levou ao aumento do nosso custeio. Em paralelo, tivemos uma diminuição de receitas em virtude da queda das arrecadações”, pondera. Por isso, ele reforça a necessidade de um novo pacto federativo.
 
O consultor do CNM, Eduardo Stranz, informou que vários municípios, inclusive no Rio Grande do Norte, já conseguiram decisões liminares para receber as multas. O modelo do processo foi distribuído gratuitamente pela própria confederação aos municípios. Apesar da perspectiva de recebimento, a orientação é continuar fazendo isso para pressionar a União. “Se o governo entregar o dinheiro de forma administrativa, essas ações caem, não têm mais objeto. Mas só com essa pressão é que as coisas vão andar”, argumentou.
 
Eleitos neste ano, 126 novos gestores vão assumir prefeituras em situação dramática no próximo dia 1º de janeiro. Para um deles, isso será diferente. No que depender do prefeito de Pedro Avelino (PMDB), Ostílio Bezerra, sua sucessora, Neide Suely (DEM) vai encontrar pelo menos as contas em dia. Ele conseguiu pagar o 13º salários dos servidores municipais na última sexta-feira (9). Então presidente da Câmara Municipal do município, ele assumiu a prefeitura no dia 19 de setembro deste ano, depois que o prefeito, Sérgio Cadó, do mesmo partido dele, foi cassado pela Justiça Eleitoral. “O município estava com várias dívidas com fornecedores e em atraso com os servidores, quando assumi. Demitir eu não podia, por conta da legislação eleitoral, mas fizemos cortes em vantagens, horas extras, e conseguimos regularizar os pagamentos”, disse. 
 
O custo da folha do município custa cerca de R$ 700 mil e ele deve receber cerca de R$ 320 mil com as multas de repatriação. O valor será importante para que o município termine o ano com todas as contas pagas. “A gente vai ter dificuldade de fechar as contas de dezembro. Essa repatriação ia ajudar muito para fazer o fechamento das contas. Até porque a gente tem sofrido bloqueio de precatórios. Em dois meses foram R$ 120 mil em bloqueios, que a gente estava esperando para pagar fornecedor”, complementou. 
 
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