Renato Santos acredita que inovação pode ser um diferencial competitivo para pequenos negócios


A inovação é indispensável às empresas que querem se diferenciar no mercado, sobretudo em tempos de crise. Todo consumidor, mesmo o de poder aquisitivo mais alto, é sensível a preço e o empresário ou empreendedor que não deseja ser comparado com os concorrentes pelo preço, deve oferecer um produto com alguns diferenciais. Assim garante que o consumidor escolha o seu produto, sem no entanto, compará-lo com outros concorrentes que não têm diferenciais.
“A inovação faz com que o seu negócio seja diferente dos concorrentes mantendo uma melhor margem de lucro. Mesmo quando você inova, não pode colocar um preço alto demais, porque o consumidor não aceita e você não terá o volume de vendas esperado”, adverte o consultor com atuação internacional, Renato Santos.
Um exemplo prático e muito simples de inovação é a comparação entre todas as panificadoras de uma cidade que produzem e vendem o pão francês tradicional feito com a farinha de trigo, mas uma delas começa a produzir o mesmo pão com a farinha integral.
“Sendo o único que produz o pão com a farinha integral, o empresário consegue cobrar um pouco mais caro, repassando o custo e manter uma margem de lucro, sem espantar os consumidores. A inovação só existe se for facilmente percebida pelo consumidor como algo que ele deseja”, preconiza o consultor que fez parte do elenco do programa “O Aprendiz” da Rede Record.
Renato explica que a diferença entre a inovação e a invenção, é que a primeira é algo que não existia antes e que o consumidor deseja o suficiente para experimentar e comprar. A segunda é na realidade uma coisa que não existia antes e que alguma cabeça genial pensou. Ele explica que micro e pequenas empresas podem fazer a chamada inovação horizontal, que consiste em se apropriar de coisas que já existem em outros mercados e adaptar para o seu mercado. Para tanto, o empresário deve visitar empresas do seu ramo em mercados mais desenvolvidos em cidades maiores, grandes centros e até noutros países.
“Ele vê o que as empresas do ramo estão oferecendo por lá que ainda não existe aqui. Quando ele traz esses produtos para cá, passa a oferecer ao cliente algo que não existia antes. Os inovadores são as pessoas que entendem a cabeça do consumidor e fazem coisas que são importantes para ele”, afirma, lembrando que quando casa a demanda com a oferta é possível se ter um negócio de alta lucratividade.
Segundo o consultor, tudo o que uma pequena empresa necessita para crescer é inovar no seu mercado e identificar as oportunidades. Contudo, o que determina o que é inovação ou não é a percepção do consumidor. O empresário de pequenos negócios que quer se diferenciar tem que ter tempo na agenda. Ou seja, deve fazer o seu trabalho, que é identificar novas oportunidades, deixando a parte operacional para a secretária, o vendedor e o entregador, por exemplo. “A principal orientação que eu dou é que ele deve arranjar tempo para visitar outros mercados, cidades e fornecedores”, aconselha.
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